quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O RÁDIO NA BAHIA E SUA QUALIDADE E A COMPARAÇÃO COMERCIAL COM OUTRAS MÍDIAS



 O Rádio na Bahia como em boa parte do Brasil, está muito apoiado ainda, em verbas ligadas aos governos, e por isto, que muitas vezes, perde a credibilidade com os seus ouvintes. Onde jorra dinheiro publico, muitas vezes falta ética e independência de conteúdo. Os governos não são os culpados, mas sim, a maioria dos executivos despreparados que são responsáveis pelos destinos de algumas emissoras, que não sabem por limites nestas parcerias, ou buscar outras alternativas, criar outros nichos de marcados. A realidade é que o Radio  durante muitos anos, tem se autodenominado “primo pobre” dos veículos, por causa, principalmente, da participação desta mídia no bolo publicitário. Dados do Projeto Inter-Meios, iniciativa dos canais de comunicação, coordenada por Meio & Mensagem e auditada pela Pricewaterhouse Coopers,  apontam que o rádio detém apenas 4% de share, o menor patamar do setor nos últimos 11 anos. Em 2002, a participação do rádio foi de 4,7%.  A boa noticia é que o faturamento, no entanto, tem evoluído na mesma década. Em 2002, o rádio arrecadou R$ 438 milhões no mercado publicitário e, partir daí, vem registrando crescimento em relação aos anos anteriores. Em 2011, o faturamento total do rádio foi de R$ 1,13 bilhão. As grandes emissoras são cortejadas pelos planejamentos de mídia, seja pela audiência, seja pela qualificação do público e eu daria até pela qualidade de seus conteúdos. Na Bahia a qualidade de nosso Rádio não a mesma de alguns anos atrás, a despeito de termos grandes profissionais em todas as áreas deste setor. Por quê? As emissoras tidas como populares na verdade insistem de ir mais além, e apostam no estilo popularesco.  Abusando de programas debaixo nível,  de produção zero, só para baratear  os custos. Muitas vezes, ganham em audiência nas classes- C e D, mas perdem o patrocínio de grandes marcas que não querem seus produtos associados a produção de qualidade discutível.  Muitas emissoras no interior do estado e algumas da capital das funcionam no vermelho, apenas para manter projetos políticos de seus responsáveis, ou de aliados, mas sem nenhuma responsabilidade social ou jornalística. É preciso mudar os conceitos urgentemente, para termos um Rádio melhor e mais competitivo. É só olhar e ver que o Rádio AM na Bahia aos poucos vai morrendo. E o FM?
Raimundo Rui
Radialista/jornalista e produtor

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